quinta-feira, 26 de maio de 2016

O mal e a vida.

A maldade não está limitada a um único gênero, raça ou espécie. Eu sempre considerei a característica da maldade e da crueldade uma qualidade humana, porém percebo que ela não é limitada apenas a nós. Como podemos saber se seres inteligentes de outros mundos ou seres inteligentes artificiais não possam desenvolver o que consideramos, segundo nossa moral social como maldade. O mal é uma característica inerente à vida.
Bem e mal são um balanço natural da vida universal. Podemos considerar um leão mau e cruel por matar e devorar uma gazela, mas isso não é maldade sob sua ótica de predador. Contudo, humanos como seres inteligentes se distinguem de animais selvagens por simplesmente agirem com atos de pura maldade por simples prazer e sadismo.
Seria a real maldade uma característica da inteligencia e do discernimento? Uma forma de vida inteligente ao ser capaz de distinguir um ato bom de um mal, um moralmente certo de um errado, seria ela somente assim capaz de realmente cometer um ato mau?
Eu não acredito em uma diferença em níveis de perversão em relação a gêneros, raças, classes, idades, o que quer que seja. Agora, com uma nova perspectiva, não acredito que exista uma distinção de perversão até mesmo entre espécies. Afinal, somos todos feitos a partir da mesma matéria prima, somos todos átomos.
Soluções, soluções... Não existem soluções para a resolução do mal, a maldade faz parte da vida assim como a bondade. O universo surgiu de uma explosão, é natural que a vida seja cruel e violenta. Somos seres esquecíveis em um oceano de vazio.
O tempo nos consumirá assim como consumirá toda a vida do universo. Boas e más ações serão esquecidas, assim como o próprio universo que encontrará seu fim quando toda luz se extinguir na fria entropia da vida e do cosmos.


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