domingo, 6 de março de 2016

Cristo e a Dor como caminho para salvação

Aqui está seu salvador: indefeso, despido, pregado, agonizando.
Essa imagem, e sempre que eu me deparo com um crucifixo ou uma imagem de Cristo crucificado me leva a pensar no caráter simbólico que essas imagens possuem.


O cristianismo, mais especificamente a igreja católica, é uma religião do sofrimento, da elevação e adoração do sofrimento. Quanto mais você sofre no cristianismo, mais chances de salvação você tem. Indo na contra-mão de crenças pagãs como a dos deuses nórdicos, por exemplo, que valorizavam a força, glória e coragem.
Isso é possivelmente um reflexo do comportamento dos deuses de seu panteão. Os nórdicos possuíam deuses guerreiros, então valorizam qualidades de guerreiros, os cristãos por outro lado, possuem um deus que foi brutalmente morto, assim valorizam apenas esse aspecto de sua existência.
Sim, Cristo possuía outros aspetos importantes como caridade, altruísmo, amor, etc, porém como sua imagem mais lembrada e mais difundida em sua fé máxima é a do momento de sua morte, aparentemente os aspectos realmente importantes de sua persona são ofuscados pelo sofrimento divino do filho de deus. Afinal, se um deus sofreu de tal maneira brutal, por que eu, um reles mortal deveria viver sem sentir sequer uma fração de sua dor? Se eu realmente o amo, eu deveria provar a ele meu amor pela dor pois a dor é o símbolo da igreja, o símbolo da fé cristã.
Se as pessoas carregassem em seus pescoços uma imagem de Cristo Jesus lavando os pés de alguém, ou defendendo uma prostituta, se lembrariam de uma qualidade outra que não a dor, mas sim a caridade, generosidade, ou justiça. Porém, não é nem nunca será conveniente para a igreja uma fé caridosa e justa, mas sim uma fé sofrida onde seus discípulos sofram e vivam em eterna pobreza e agonia inquestionável.
Quanto mais eu buscar a crucificação, mais próximo estarei do arrebatamento.
Estou crucificado
Crucificado como meu salvador
Comportamento santo
Uma vida eu rezei ♪

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